*Petrônio Hipólito
Caros
leitores, dando continuidade às soluções criadas em Bangladesh por Mohammad
Yunus(*) para mitigação da pobreza e melhoria da condição de vida da população,
escrevo sobre a associação entre o Banco Grameen e a BASF, empresa líder
mundial da área química.
O problema:
Malária é um
dos principais problemas de saúde em Bangladesh. De acordo com o relatório de
2009 da Organização Mundial de Saúde, 11 milhões de pessoas correm o risco de
contrair malária.
A solução:
Em 2009 foi
criada a empresa social Grameen Basf
para dar proteção contra doenças transmitidas por insetos, além disso também
foi concebida com o objetivo de propiciar oportunidades de negócio para as
pessoas de baixa renda. A empresa concebeu, produziu e comercializa telas de
proteção de longa duração, tratadas com inseticida e resistente a lavagens com
preços acessíveis para os pobres. Os insetos transmissores de malária têm
hábitos noturnos e o uso dessas telas propicia proteção e combate eficazes
contra o vetor da doença. As telas são produzidas pela empresa social que
emprega mão de obra local e usa rede de distribuição informal com entregadores
domiciliares e pequenos entrepostos comerciais. Conforme o conceito de empresa
social, a associação Grameen Basf prevê
o retorno do capital investido ao acionista, mas reverte todo o resultado
subsequente da empresa em beneficio de seu próprio crescimento e no
desenvolvimento da comunidade.
Boa semana a
todos e até a próxima terça-feira.
(*) Mohammad Yunus é um economista que fundou o Banco
Grammeen em Bangladesh para dar credito aos pobres e foi agraciado com o Premio
Nobel da Paz em 2006 como reconhecimento pelo seu trabalho.
(*)
Petrônio Hipólito tem 54 anos, é engenheiro agrônomo pela ESALQ-USP. Especializou-se
em Gestão de Sustentabilidade e em Administração (CEAG) pela FGV. É palestrante
e consultor. Tem sólida experiência em Responsabilidade Social e
Desenvolvimento Sustentável.