24 abril 2013
Nossa débil Marina Silva
*Rogério Silva
Max Gehringer escreveu tempos
atrás na Você S.A., manual de consulta indispensável dos estudantes de
administração da minha época, que o adjetivo “inveterado” está mortalmente
ligado ao substantivo “fumante”. Quando sumir da terra o último pitador de
cigarros, exterminado pelas leis antifumo, levará consigo para o túmulo o tal
adjetivo sem personalidade. Pois bem, plagio o velho lobo da administração e
lanço mão do “débil”, cruelmente associado àqueles que nascem com deficiência
cerebral, porcamente apelidados débeis mentais.
O débil é o frágil, sem
musculatura, desprovido de força, em geral arqueado, esguio. Lembro-me de
alguns famosos que nos surpreenderam... Einstein, Irmã Dulce, Jefferson
Peres... E por falar neste último, reconhecido expoente do cenário político
moderno no Brasil, invoco o nome da ex-senadora e ex-ministra do Meio-Ambiente
Marina Silva.
Num país em que a pasta da
Economia domina os noticiários há mais de dois séculos, é complicado comandar
um ministério e ao mesmo tempo defender uma causa tão nobre e, na maioria das
vezes, indigesta frente aos interesses dos poderosos. Durou muito dona Marina.
Bem se via, não coadunava com os esquemas que estão por aí. A débil Marina, coitada... Sem a tal musculatura,
imaginada indispensável para tal tarefa, mexeu com o quadro político em 2010 e ameaçou
gente grande. Diagnosticou em público que o partido no qual militou 20 anos,
não era mais o mesmo e que seus heróis estão a morrer de uma overdose corrupta.
É... A débil Marina, de rosto
magro, pele escurecida, nascida nos confins deste país tupiniquim, mais uma
Silva.
Que débil, que nada!
Admirável mulher.
Tentará pela segunda vez ser
presidente da República? Uma pequenina mulher no comando do Estado Brasileiro?
Sinceramente, pouco importa para
Ela. Investida de coragem, tomou a decisão de não ser conivente com a barbárie
que sempre condenou. Desprovida de vaidade, saiu pela porta da frente de um
Ministério que tem a atenção dos olhos do mundo, mas o desprezo de um governo que
está preocupado com certezas menos nobres.
Marina Silva não é nenhum mártir,
nenhuma epopeia... Não carrega multidões
ao seu redor, não lota estádios ou distribui autógrafos.
É débil, é frágil, é Silva, é
mulher... Marina não é a protagonista do filme de milhões de bilheteria. Talvez
possa ser comparada ao contrarregra que está sempre a postos, de eficácia
invejável e proatividade ímpar. Ela não se importa com isso, com o fato de ser
coadjuvante. Mas ela é a melhor coadjuvante.
Porque nem só de galãs e estrelas sobrevivem os filmes.
Tem a minha admiração todos
aqueles que, assim como Marina Silva, levantam, sacodem a poeira e dão a volta
por cima quantas vezes forem necessárias, quantas vezes a vida lhes exigir
isso, num sucessivo “começar de novo”.
Marina, débil, sem musculatura,
arqueada, frágil.
Marina mulher, ousada, corajosa,
talentosa, dinâmica, moderna, crente em suas convicções, firme nos seus
propósitos, ilimitada de criatividade por ser quem é, como tantas que temos ao
nosso redor.
E querem lhe puxar o tapete, com
a proposta casuística, de dificultar criação de novos partidos, entre eles, a
REDE. Êita Brasilzinho…!
(*)
Rogério Silva tem 41 anos, é jornalista e administrador de empresas. Tem MBA em
Gestão Executiva e Empreendedora, com extensão em liderança. Desde 2007 dirige
as áreas de infraestrutura midiática e jornalismo da Rádio Educadora Jovem Pan
e TV Paranaíba/Record, em Uberlândia, Minas Gerais - Colunista Semanal
do Blogwww.administrandohoje.blogspot.com.br
O Desafio do Psicólogo Organizacional
A Psicologia Organizacional,
inicialmente denominada Psicologia Industrial, estuda os fenômenos
psicológicos presentes nas organizações, mais especificamente, atua sobre os problemas organizacionais ligados à gestão de recursos humanos.
O psicólogo organizacional ocupa-se em
estudar e atuar como facilitador das relações entre as pessoas e a
organização, contribuindo para o desenvolvimento de ambas.
Para tanto, intervém nos processos de
trabalho, na cultura organizacional, nos intercâmbios comunicativos e em
muitos outros elementos da organização.
Durante muito tempo o papel da
psicologia organizacional, que recebeu inicialmente a nomenclatura de
“gestão de pessoal”, esteve associado à forma coerciva como a
organização tratava os seus “trabalhadores”.
Quando passou a preocupar-se
verdadeiramente com os colaboradores (“trabalhadores”), a dar
importância e reconhecer o mérito do talento humano, ocupando-se em
desenvolver estratégias e programas para aquisição, desenvolvimento,
melhor uso e retenção dos recursos humanos, tendo por objetivo básico
alinhar as políticas de RH com a estratégia dos negócios da organização,
teve seu nome mudado para “gestão de recursos humanos”, tornando-se
mais popular e melhor aceita.
As principais áreas de atuação do psicólogo organizacional são:
Recrutamento e Seleção de Pessoal:
através da análise do ambiente de trabalho e do cargo, realiza a
definição do perfil do profissional a ser escolhido para ocupação do
cargo, define a metodologia de recrutamento e utiliza técnicas de
seleção de pessoal.
Treinamento, Desenvolvimento e Capacitação de Recursos Humanos:
através de diagnóstico de necessidade de treinamento, planeja, organiza
e desenvolve os programas instrucionais para os colaboradores da
organização.
Avaliação de Treinamento: desenvolve e aplica instrumentos de avaliação da reação e do impacto do treinamento no trabalho.
Avaliação de Desempenho:
prepara e treina os gestores em avaliação de desempenho de suas
equipes, elabora o manual dos procedimentos para avaliação, desenvolve
os procedimentos para diagnóstico, acompanhamento e resolução dos
problemas de desempenho no trabalho.
Análise de Cargos e Tarefas:
desenvolve procedimentos e instrumentos para descrição de cargos e
tarefas, usa referidos procedimentos e instrumentos seguido de análise
dos resultados obtidos e faz a descrição dos cargos e tarefas.
Diagnóstico Sócio-Ambiental:
observa a relação entre homem e ambiente (comunitário, social e
ecológico), estuda tanto a maneira como o ambiente físico influencia no
bem estar das pessoas, quanto o impacto que as ações das pessoas têm
sobre o ambiente físico e natural; orienta para a criação de programas
sócio-ambientais como instrumento de conscientização, realização pessoal
e elevação da auto-estima de seus colaboradores, observa e promove
adequações da realidade social com o ambiente do trabalho através da
definição de políticas de benefícios, tais como, transporte, assistência
alimentícia, assistência médica, etc.
Diagnóstico da Saúde Mental no Trabalho:
avalia o ambiente de trabalho analisando os aspectos psicológicos e de
salubridade, ou seja, as características do trabalho e suas
conseqüências, por ex: estresse, doenças ocupacionais, etc, intervém no
ambiente e na organização do trabalho para a redução dos riscos, através
da implantação e gestão de programas preventivos de saúde e da
proposição de soluções para criação de ambientes favoráveis para
melhoria das condições gerais de trabalho e redução dos custos com
saúde.
Orientação Profissional:
aplicação de estratégia para redirecionamento de carreira, orientando
aos colaboradores quanto à adequação e identificação profissional em que
possam atuar.
Diversidade Cultural nas Organizações:
planejamento e intervenção em focos de conflitos internos devido a
diferenças de personalidades, grupos étnicos, preferências sexuais,
gênero, idade, religião, entre outros, através de pesquisas do clima
interno e da cultura organizacional.
Fica fácil perceber que as tarefas
atribuídas ao psicólogo organizacional possuem uma dimensão técnica.
Entretanto, seu principal objetivo sempre dirá respeito à PESSOAS. Suas
atividades serão sempre focadas para alguma alteração nas ações humanas,
de forma a atuar como facilitador para uma auto-descoberta que apóie o
crescimento pessoal e a liberação do potencial de cada indivíduo para
melhoria de seu desempenho.
Toda organização, qualquer que seja o
seu negócio, terá sua origem nas pessoas, o trabalho será executado por
pessoas e o produto de seus trabalhos será destinado à pessoas. As novas
tecnologias, as máquinas, os equipamentos de última geração, são apenas
“ferramentas” à serviço do homem. É ele que pensa, que sonha, que
planeja, que agrega valor, que faz a diferença.
Portanto, desenvolver uma política de
gestão do capital humano é o ponto chave no planejamento estratégico de
qualquer organização. Trata-se da forma mais inteligente de investir nas
pessoas e transformá-las em diferencial competitivo.
Esse é o grande desafio dos psicólogos organizacionais.
Sobre a autora:
Elaine Kühne, graduada
em Psicologia, é profissional da área de Recursos Humanos, contando com
mais de 20 anos de experiência em médias e grandes empresas nacionais e
multinacionais. Atualmente presta consultoria como Psicóloga
Organizacional.
Fonte:http://www.rhevistarh.com.br
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