*Zélia Oliveira
Fala-se muito em “Sustentabilidade”,
mas, o que tem sido feito, realmente? Um personagem pouco mencionado,
neste contexto, é o pequeno empreendedor. Seja pela diversidade de
desafios que precisa enfrentar para manter seu negócio ou pela cultura
de uma nação “educada para consumir”. Enquanto isso, MPEs (Micro e
Pequenas Empresas) correm em busca de se destacar no mercado e poucas
conseguem… O motivo? Podem estar indo na direção oposta, o que requer
uma pausa para revisão do trajeto.
Ser
sustentável, ao contrário do que muitos pensam, vai além de preservar a
natureza apenas, envolve promover equilíbrio ambiental, econômico e
social. Existe uma ideia distorcida de que aplicar o
conceito sustentabilidade é complexo e “custa caro”, um mito que leva o
pequeno empreendedor a pensar que não possui estrutura para fazê-lo. No
entanto, a implantação de tal prática pode ampliar substancialmente a
margem de lucro, aumentar o valor das empresas, marcas, produtos e
serviços. Veja mais detalhes nos conteúdos ao final deste artigo.
A preocupação demasiada com os lucros
tende a “atropelar” oportunidades de crescimento, principalmente, quando
se trata de MPEs, já que o empreendedor acaba por acumular funções e
responsabilidades. Nestes casos, a melhor solução é buscar ajuda
especializada junto a consultores, órgãos ou instituições direcionadas.
Além das diversas ferramentas gratuitas, como as disponibilizadas neste
artigo, um investimento no modelo de gestão sustentável pode ser a chave
para aumentar a vantagem competitiva da empresa e torná-la mais
estratégica e rentável.
"É tempo de rever conceitos, mapear e redefinir atitudes e trajetórias, pois além da gravidade da presente crise, a concorrência está cada vez mais acirrada, o que requer medidas de efeito duradouro."
Um exemplo simples é a troca de
equipamentos por outros com baixo consumo de energia. Inicialmente,
parece um “gasto inviável”, mas que em pouco tempo é pago pela própria
economia proporcionada. E após o retorno do capital investido continuará
contribuindo para a redução de custos, logo, para o aumento da
lucratividade. Situação similar ocorre em diversas outras práticas. Que
mal há em promover saúde ao meio ambiente, à economia, sociedade e a sua
própria empresa? É tempo de rever conceitos, mapear e redefinir
atitudes e trajetórias, pois além da gravidade da presente crise, a
concorrência está cada vez mais acirrada, o que requer medidas de efeito
duradouro.
Com o intuito de proporcionar maior
visibilidade de práticas e resultados, quero compartilhar um pouco do
nosso trabalho, por meio de sugestões para familiarização e
aplicabilidade do tema nos modelos atuais de gestão desde os MEIs –
Microempreendedores Individuais até as MPEs, podendo ainda ser
aplicáveis em outros perfis organizacionais:
1. Conheça melhor o tema
Leia sobre o assunto, assista vídeos,
programas e reportagens, busque Instituições, órgãos e empresas
direcionados às práticas social e ambientalmente sustentáveis,
identifique práticas de marcas já conhecidas;
2. Interaja com o seu meio
Identifique questões, problemas e
práticas locais, informe-se sobre a existência de organizações que
investem no desenvolvimento sustentável ou que apoiam práticas
relacionadas, procure-as, troque ideias, discuta soluções;
3. Reveja seus conceitos
Levante as práticas de
sua organização junto aos colaboradores, sociedade e parceiros, compare
aos estudos efetuados, identifique atitudes que podem contribuir para a
redução de seus custos e, automaticamente, para a preservação do meio
ambiente como substituir equipamentos por outros de baixo consumo, optar
por produtos recicláveis, separar o lixo, entre outras;
4. Crie uma cultura de consumo e produção conscientes
Busque compreender
melhor o ciclo de vida dos produtos e recursos disponíveis, desenvolva
ações, “mude suas atitudes”, acompanhe, relacione e apresente os
resultados para seus colaboradores, posteriormente, para a sociedade –
crie o hábito de buscar e oferecer feedback com frequência, seja o
exemplo do comportamento que sua empresa precisa, incentive a interação e
envolvimento de todos, peça sugestões, crie discussões sobre o tema;
5. Fortaleça suas ideias e resultados
Busque parcerias com
órgãos e organizações voltados às práticas sustentáveis, envolva seu
negócio com os problemas locais e produza soluções para o meio onde está
inserido, comunique, convide e influencie seus colaboradores e a
sociedade a participar.
O
consumidor mudou e está cada vez mais exigente e consciente. Empresas
que não forem comprometidas com seu meio tendem a se tornar menos
visíveis no processo de decisão por seus produtos e serviços. O
Empreendedorismo Sustentável é a nova direção para negócios competitivos
e estratégicos. Esta nova proposta requer mudanças que devem partir de
diretrizes claras para todas as ações e projetos organizacionais
(missão), as quais precisam começar pela própria relação com os
colaboradores, sociedade, parceiros e ter como base elevados padrões de
ética e respeito.
Veja, a seguir, algumas publicações para download
e um vídeo com conteúdos, dicas mais detalhadas para fundamentar e
orientar o empreendedor e demais interessados sobre o tema. Os links dão
acesso a etapas de suma importância para a evolução e construção de
empreendimentos inovadores e competitivos.
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