*Karim Midlej Harfush
O Planejamento Estratégico
sempre foi enfoque principal nas grandes empresas. O seu estudo detalhado
requer acompanhamento e atualização constante por parte dos altos cargos
hierárquicos. Claro que, verificando possíveis mudanças de rumo se necessário a
ou manutenção do curso, visando sempre alcançar o objetivo principal da
organização.
Tal fato, infelizmente, não
se constata quando se tratam das Pequenas e Médias Empresas (PMEs), onde a
implantação do Planejamento Estratégico é uma prática pouco utilizada. A
chamada “administração a toque de caixa” (resolver os problemas conforme eles aparecem)
é, segundo o SEBRAE, uma das causas principais da mortalidade e declínio desse
tipo de organização. A máxima que empresas que planejam seu futuro possuem
maior chance de sobrevivência e de sucesso empresarial é mais do que nunca uma
verdade estabelecida.
Não há, na minha opinião,
ferramenta administrativa ou processo gerencial tão importante quanto o
planejamento estratégico, cujo principal objetivo na sua formulação é buscar o direcionamento,
mostrar os rumos da organização, servindo como bússola, produzindo respostas a
questões empresariais através de estudos do ambiente interno (potencialidades,
fraquezas) e externo (oportunidades e das ameaças). O planejamento estratégico
estabelece metas, objetivos e a maximização da eficiência no emprego correto
dos recursos dando sustentabilidade organizacional, pormenorizando os riscos
negociais.
Por conta da sua amplitude e
profundidade, muitos empresários e estudantes têm dificuldades em realizar
esses estudos. Como forma de facilitar o entendimento, simplificar o processo e
motivar na sua realização, segue um pequeno manual de como elaborar o
Planejamento Estratégico da sua empresa ou do seu negócio.
Inicialmente, deve-se fazer
o diagnóstico dos ambientes - interno e externo (análise de cenário)- nos quais
a empresa está competindo. É a chamada análise SWOT (acrônimo do inglês S de
Strenghts – forças, Weaknesses – fraquezas, O de Oportunities – oportunidades e
Threats – ameaças).
Nas análises internas
(Forças e Fraquezas) deve-se verificar os aspectos que diferenciam a empresa
dos seus concorrentes (são as decisões e níveis de desempenho), quais pontos
são vantagens competitivas (qualidade do produto ou serviço, solidez financeira
etc) e quais pontos são desvantajosos (altos custos de produção, marca fraca,
dentre outros). Levante o máximo de aspectos possíveis, seja sincero e aja como
se estivesse fora da empresa.
Nas análises externas
(Oportunidades e Ameaças) devem ser consideradas as perspectivas de evolução do
mercado. A empresa não pode controlar esses aspectos, porém deve-se conhecê-los
e monitorá-los com frequência. As mudanças de hábitos e gostos dos clientes e
falência de concorrente são exemplos de oportunidades que podem potencializar
ainda mais as vantagens competitivas da empresa. Já a entrada de novos players
(concorrentes) e a perda de trabalhadores fundamentais são exemplos de ameaças.
A próxima fase é a
determinação dos objetivos organizacionais. Defina com clareza o que pretende
atingir e não esqueça que o detalhamento é fundamental nesse processo. Defina
as metas e identifique o público com o qual vai lidar.
Após saber onde estamos,
aonde queremos chegar e com quem estamos lidando, chega a hora de traçar o
caminho, colocar no papel as ações que serão necessárias para alcançar os
objetivos e as metas. Só então estabeleça os recursos que deverão ser
utilizados. Não leve em conta apenas os recursos financeiros, mas também os
materiais e humanos.
Enfim, com esses dados em
mãos, dê vida ao projeto, realize, execute e não se esqueça do controle e
avaliação, levantando todos os pontos positivos, os negativos e o quanto do
objetivo foi alcançado. Esse feedback servirá como balizador das próximas
ações.
Mãos à obra e sucesso!
(*) Karim Midlej Harfush tem 40 anos, é Administrador
de Empresas, consultor e palestrante Mágico. Empresário desde 1998
na área de telefonia e informática, Professor universitário das
disciplinas Marketing, Planejamento Estratégico, Gestão de Empresas
Familiares e Teoria Geral da Administração - Colunista semanal e Gestor
do Blog www.administrandohoje.blogspot.com.br
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