*Laura Lima
A palavra de ordem é PREVENÇÃO, esse é o
mandamento!!!
Os
empresários tem que se ater ao fato de que uma empresa que sofre muitas ações
judiciais acaba não apenas sofrendo prejuízos financeiros, como também perdendo
credibilidade diante de seus clientes, e espaço diante dos seus concorrentes. Isto
pode representar, em alguns casos, o fim da empresa!
A
melhor alternativa para esse problema é certamente a prevenção. Assim,
a atuação preventiva de consultores legais e contábeis no aconselhamento dos
sócios e administradores da empresa, orientando-os acerca de aspectos
jurídicos, fiscais e contábeis relacionados às suas atividades empresariais,
servirá como a melhor forma de reduzir e evitar demandas judiciais e fiscais.
Sabemos que, lamentavelmente, em nosso país, o escritório de advocacia só é lembrado quando o problema já está
materializado. Então, é preciso uma mudança cultural imediata, onde a prevenção seja a regra, onde
os empresários passem a ter uma assessoria jurídica e fiscal contínua. Inclusive,
a exemplo da legislação trabalhista, sabemos que na maioria dos casos, os
empregadores atualmente respeitam os direitos dos empregados, porém não seguem
as determinações quanto à forma prevista em lei para a realização de cada
procedimento. E aí quando estão diante de uma fiscalização ou processo
trabalhista, não possuem a documentação exigida para provar que cumpriram tais obrigações,
dando então margem a serem autuados, e/ou virem responder processos
administrativos perante tais órgãos, e também ações judiciais.
É importante mencionar que o Brasil é conhecido
no mundo inteiro por ter uma legislação complexa,
ambígua e detalhista, com
isso a população e as empresas enfrentam problemas judiciais por falta de
conhecimento, inclusive é válido informar que nosso país é o campeão mundial em ações trabalhistas,
que segundo pesquisas, têm cerca de 2 milhões de ações anuais, os Estados
Unidos, França e Japão têm respectivamente, em média, 75, 70 e 2,5 mil ações
por ano. Então, isso somente confirma o que se narra. Se as empresas adotassem
a prática da consultoria preventiva este quadro certamente reduziria
consideravelmente. Gastos como honorários
advocatícios e periciais, pagamento de multas, penhora sobre bens da pessoa
jurídica e de seus sócios, custas processuais e administrativas e outras
despesas, podem e devem ser evitados
com uma simples orientação jurídica e/ou fiscal.
A
atuação do direito não se restringe a condução de processos judiciais, ele
também deve ser utilizado como forma de precaução, utilizando-se do operador do
direito para criar mecanismos de enquadrar as empresas corretamente dentro da
legislação brasileira, e desta forma sanar o número de processos e autuações
que uma empresa poderia a vir sofrer. O desconhecimento e a desinformação
sempre prejudicaram pessoas e negócios, criando uma divisão entre bem
informados e desinformados, e, como consequência, homens e empresas de sucesso
e homens e empresas vítimas de fracassos súbitos.
Advocacia
Preventiva tem o objetivo de atender a gestão de pessoas (trabalhista), gestão fiscal (tributos
e impostos), contratuais (fornecedores
e clientes), investimentos (bancárias,instituições
financeiras,comercial e consumerista), recuperação extrajudicial, dentre
outras demandas , ela destina-se a dar ao cliente todas as orientações
jurídicas de que precisa. Muitos ignoram que o advogado é por definição legal o
profissional dotado de conhecimentos suficientes para interpretar as muitas
legislações vigentes, aplicá-las ao caso concreto e, com isso, encontrar a
solução mais adequada ao interesse de seu cliente.
Conclui-se
que, a aplicação da Advocacia Preventiva na orientação, instrução, informação
de atualidades legais e jurisprudenciais, somados a diagnósticos e apontamentos
para solução e medidas prévias, constituem um dos principais elementos das
empresas de sucesso na atualidade, haja vista que, mediante o aconselhamento e
práticas deste profissional, a empresa reduzirá seus riscos, conseguirá
antever, impedir e se prevenir contra pesados passivos ou demandas, preservando
sua empresa e mantendo-a sempre
competitiva.
* Laura Lima Da Silva, advogada graduada em 1995 pela UESC, Especialista
em Direito Processual Civil pela Universidade Estadual de Santa Cruz
(2003), e inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional da Bahia,
sob nº 14.340. Atua como advogada na áreas cíveis, comerciais e
consumerista.
Colunista semanal do Blog www.administrandohoje.blogspot.com.br
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