Petrônio Hipólito (*)
Caros
leitores, a galinha ao botar um ovo sempre canta. É mais ou menos sobre isso
que vamos falar hoje.
Uma empresa é
uma entidade que se relaciona com diversos grupos. Tem fornecedores de quem
compra suas matérias primas, clientes a quem procura satisfazer as demandas,governo
a quem paga taxas e impostos e que regula seu funcionamento, empregados a quem
paga salários e entidades de classe que defende seus direitos. A esse grupo
chamamos de partes interessadas.
A empresa
quer perdurar e o contínuo relacionamento com as partes interessadas cria uma
via de mão dupla para a comunicação e participação de suas ações. A criação do
relatório de sustentabilidade surgiu dessa necessidade. A empresa precisa
comunicar o que faz,por onde anda, e a sociedade precisa conhecer a empresa
intramuros. A transparência aumenta a confiança do consumidor. O relatório
aumenta a compreensão sobre os riscos e oportunidades desse relacionamento e
permite às partes interessadas uma visão profunda e detalhada sobre o
desempenho da empresa nos aspectos econômico, ambiental, social e de governança.
Várias
organizações criaram parâmetros e índices para relatar sustentabilidade, mas
uma delas se tornou a convergência mundial. Chama-se GRI – Global Reporting Initiative, fundada em 1997, com sede Amsterdam na
Holanda. A GRI desenvolveu uma estrutura de reporte que permite a empresas de
vários setores e diferentes tamanhos, comparar através de indicadores
específicos e detalhados, sua maneira de agir em relação ao tripé da
sustentabilidade (econômico, ambiental e social), informando a comunidade,
aumentando seu compromisso com a sustentabilidade e sua transparência. Através
da comparação entre os diversos índices, estabelecem-se benchmarks ou padrão de referência de mercado gerando vantagens
competitivas para as empresas detentoras de bons escores, influenciando e sendo
influenciadas por tendências de mercado, influenciando estratégias de longo
prazo e planos de negócio.
Boa semana a
todos e até a próxima terça-feira.
(*)
Petrônio Hipólito tem 54 anos, é engenheiro agrônomo pela ESALQ-USP. Especializou-se
em Gestão de Sustentabilidade e em Administração (CEAG) pela FGV. É palestrante
e consultor. Tem sólida experiência em Responsabilidade Social e
Desenvolvimento Sustentável.
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