*Laura Lima
Essas ferramentas tecnológicas, principalmente
as redes sociais tem sido muito utilizadas e eficazes tanto para promover como para degradar produtos e serviços, a depender do grau de satisfação ou insatisfação do
consumidor.
Face a essas
mudanças, que fazem parte de um natural quadro evolutivo das sociedades globalizadas,
as empresas precisam ficar antenadas e compreender que elas só
existem para suprir as necessidades que elas mesmas geraram em seus públicos. Posto
que, a partir do momento em que você gera em um
segmento de mercado a necessidade de comprar uma produto A e não
consegue atendê-lo, você deve estar ciente de que algo muito negativo, como
manifestações e reclamações na rede, podem ocorrer. Inclusive existem estudos de marketing que
comprovam que os consumidores utilizam as redes sociais para obter informações
pré-compras, dar conselhos sobre empresas e produtos e postar conteúdo
específico de diversas indústrias.
O consumidor internauta quer respostas
rápidas, pois antes a reclamação ficava em ambiente privado, mas hoje ela é
pública, e se não houver uma agilidade no feedback , a imagem da empresa é
prejudicada.
O consumidor que navega na internet utiliza as
redes sociais para adquirirem informações, para manterem um vínculo social com
amigos e parentes, mas também para ocupar o tempo e expor situações que
vivenciam em seu cotidiano, e daí é que ocorre o verdadeiro massacre virtual
contra uma empresa que não respeita o
cliente e não sabe lidar com as mudanças do mercado. A exemplo podemos
mencionar o caso das empresas de telefonia celular, que tem sido motivo de
sátiras e postagens irônicas, em decorrência da má qualidade dos sinais, e
insatisfação pelos serviços em geral.
As empresas podem
se beneficiar destas ferramentas ao reconhecer o desejo dos consumidores
presentes em redes sociais. Informações específicas de cada setor podem ajudar
os anunciantes a entenderem como anda o mercado de sua categoria neste novo
canal e as melhores formas de se aproveitar disto.
As
empresas precisam se conscientizar que se um consumidor não gosta da sua marca
ou produto ele certamente irá falar isso
aos amigos, ele não mais vai enviar uma carta de reclamação ou realizar uma
ligação para o serviço de atendimento ao consumidor da empresa, certamente ele
irá postar nas redes sociais por ser muito mais eficiente, rápido e pior, divertido,
pois o cliente internauta sabe que aquilo se tornará um VÍRUS e imediatamente
milhões de outros consumidores poderão aderir sua causa.
Desta forma, as empresas devem procurar sincronizar seu pensamento com o pensamento do seu próprio mercado, assim poderá evitar muito constrangimento caso algo ocorra de maneira indevida com algum cliente. Ressalte-se que as informações das empresas não partem mais apenas da empresa, mas sim dos próprios clientes. O ponto é saber se as informações postadas pelos consumidores irão atingir esse mercado de forma positiva ou negativa. E isso só depende da empresa, da qualidade do que oferece e da forma como capta e compreende seu público-alvo!
* Laura Lima Da Silva, advogada graduada em 1995 pela UESC, Especialista
em Direito Processual Civil pela Universidade Estadual de Santa Cruz
(2003), e inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional da Bahia,
sob nº 14.340. Atua como advogada na áreas cíveis, comerciais e
consumerista.
Colunista semanal do Blog www.administrandohoje.blogspot.com.br
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