06 março 2013

Gestão em Empresas de Comunicação - Rogério Silva




*Rogério Silva



Poucos meses depois que cheguei a Minas Gerais fui convidado para um fórum de discussão sobre jornalismo numa faculdade de Uberlândia. As coisas por aqui são um pouco diferentes do que vivi na Bahia. Por 16 anos atuei numa afiliada Globo. Fiz de tudo um pouco. Entrei como estagiário de apuração, logo fui contratado como produtor e pauteiro. Fui promovido a chefe de reportagem e chefe de redação, cargo que ocupei até a minha saída.
Geograficamente falando, é estranho imaginar que estados vizinhos sejam tão distintos. Mas sob análise cultural, a distância é enorme. Não só do ponto de vista intelectual, mas falo de hábitos e costumes. A crença nas informações é muito maior no Nordeste. Aqui, tudo é visto com desconfiança.
Pois bem, naquele fórum, fui interpelado por vários estudantes de comunicação sobre o que o mercado espera dos futuros profissionais. Vários deles tinham a expectativa de, com o diploma debaixo do braço, ingressar imediatamente numa emissora de tv ou redação de impresso.
Em vez de inventar respostas, decidi falar um pouco da minha experiência. Não que eu seja exemplo de profissional bem sucedido no meio, longe disso. Mas acredito que, de alguma maneira, o que vivi pudesse servir de inspiração para alimentar as ambições daqueles olhares curiosos.
Uma das perguntas que fiz à plateia foi sobre quem pretendia fazer outra graduação além daquela. Isso veio à tona porque naquele momento eu estava fazendo seleção de pessoal para montar uma nova equipe de trabalho na afiliada Record que eu acabara de assumir. Citei como exemplos 3 profissionais que ganharam a minha atenção nas entrevistas: Uma era jornalista e também graduada em letras. Outra era jornalista e também graduada em Direito. E um terceiro era jornalista com domínio fluente em inglês e francês. Os 3 foram contratados.
A habilidade extra de cada um deles foi útil em momentos adequados da nossa rotina de trabalho. Numa análise jurídica acerca de uma reportagem policial, no emprego correto de expressões vocabulares comuns a qualquer classe social e ainda em entrevistas a autoridades e desportistas estrangeiros de passagem pelo Triângulo Mineiro.
E a provocação que fiz aos estudantes tem motivo: Aos 33 anos voltei ao banco da faculdade para estudar gestão. De pessoas, processos e empresas. Tornei-me uma pessoa mais organizada, disciplinada e com foco em resultados através da busca de soluções. Essas características aplicadas à comunicação me fizeram enxergar a construção da notícia como uma esteira de produção industrial, que experimentei e, garanto aos colegas, funciona muito bem.
Mas sobre isso, falamos na próxima conversa. Até lá. 

(*) Rogério Silva tem 41 anos, é jornalista e administrador de empresas. Tem MBA em Gestão Executiva e Empreendedora, com extensão em liderança. Desde 2007 dirige as áreas de infraestrutura midiática e jornalismo da Rádio Educadora Jovem Pan e TV Paranaíba/Record, em Uberlândia, Minas Gerais - Colunista Semanal do Blog www.administrandohoje.blogspot.com.br

Você já conseguiu identificar o Ponto G da sua empresa?

Atualmente, as organizações necessitam lidar com a busca intensa de resultados. Os desafios complexos, resultantes de mudanças econômicas, políticas, ambientais e sociais.  O discurso que ecoa para as empresas continuarem a disputar os negócios é ter gente com talento empreendedor, com iniciativa, criatividade e engajada para incentivar o surgimento de capacidades, conexões e oportunidades de negócios, e para isso, torna – se indispensável valorizar sua gente, para garantir o comprometimento e o crescimento da organização. 

Exagero? Nada disso! Já não há mais dúvidas que só conquistam o diferencial as empresas que formulam estratégias não apenas do topo, mas em toda a sua pirâmide, gerando processos que viabilizam o empreendedorismo corporativo, participação ativa e desprendida, compartilhamento de metas, integrando pessoas e áreas. Organizações dos mais diversos setores da economia têm valorizado cada vez mais o bem estar da sua gente, com um ambiente de trabalho mais satisfatório e motivado. E elas não param de crescer no mercado. Valorizar para crescer.  As pessoas são vitais para o sucesso da organização. Sem pessoas qualificadas e sem talentos, não existe sucesso. Aliás, sucesso é um caminho e não um destino.

É necessário construir um ambiente em que a hierarquia não seja sinônimo de burocracia. Atualmente empresas exortam seu ponto G a serem criativos, produtivos e comprometidos com os resultados da empresa. Muitas, ainda mantêm hierarquia centralizada e burocracia sufocante, enquanto desclassificam bons candidatos, encaminham seus funcionários para o desenvolvimento dessa competência.

O papel da empresa, do executivo, líder e gestor de pessoas é criar um ambiente organizacional que possibilite mapear talentos, desenvolver sua gente, identificar competências, cumprir com o prometido, incentivar e procurar um sólido alinhamento entre seus negócios e as ideias que podem surgir de qualquer parte da organização. Enfim é necessário conseguir melhor performance para obter maior resultado. A presença simultânea dessas variáveis estimula o êxtase do prazer do seu ponto G. É preciso tentar. É fundamental ter um desprezo saudável pelo impossível aos seus olhos.

Gente gera negócios, soluções e resultados. É do comprometimento e do relacionamento positivos do ponto G da sua empresa que vai depender a qualidade, a competência e o sucesso para atingir resultados notáveis.

Orlanda Souza é administrador e membro da Comissão Especial de RH do CRA/RJ - Via http://www.administradores.com.br/