08 maio 2013

O Maior show de todos os tempos


*Rogério Silva
 
Você se lembra da mais fantástica viagem que já fez na sua vida? Provavelmente, foi para um lugar distante. Europa, Estados Unidos. Mesmo sendo no Brasil, é bem possível que tenha sido para outro Estado e por uma ocasião especial: lua de mel, bodas de Prata, aniversário de 15 anos. E qual o presente mais bacana que você já recebeu? Uma joia, uma roupa de grife, um carro? Foi algo surpreendentemente caro? E qual o show que fez história para você? Uma peça da Broadway, um concerto italiano, a apresentação de um beatle? 

Fatos marcantes quase sempre vêm acompanhados de feitos grandiosos. Servem de marco para a nossa vida, ilustrarão os álbuns de fotografia da casa. “Olha, tá vendo essa multidão aqui, eu estava bem no meio, bem de frente para o cantor”. “Lembra-se desta eleição para presidente da República? Foi a primeira após o período militar no Brasil. Eu fui ao último comício. Eu estive lá”. “Conheci a Alemanha quando ainda era um país separado por um muro.”

É saudável, revigorante e prazeroso viver momentos históricos, ter coisas para contar, fotos para postar nas redes sociais, saber que você fez parte de um seleto grupo de privilegiados. Aquele momento gigantesco foi seu também. Sem você, a multidão não seria a mesma.

Mas qual é o maior show de todos os tempos?

Pense na vida como um calendário, que tem férias 1 vez por ano e muitos números pretos ao longo da semana. O que fazer do seu dia útil? O lamento e a agonia pela espera nos deixam carrancudos. Trabalhamos de segunda a sexta rezando pela brisa do fim de semana. Viajamos a trabalho e tomamos aviões em aeroportos superlotados com a agenda apertadíssima entre um compromisso e outro. Almoçamos apenas para nos mantermos alimentados, às pressas, por vezes em fast foods que, só pelo nome, dão a noção precisa do ritmo do ambiente.

E viver, fica para que horas? Apenas 1 vez por ano?

A vida não é feita apenas de grandes shows e entender isso é a chave que abre todas as portas da compreensão humana. O maior show de todos os tempos vai continuar existindo. Mas ele é um só e não dá pra viver esperando por isso a vida inteira.

Resolvi elencar hoje uma série de fatos grandiosos que, não necessariamente, precisam ser GRANDES:

A) Um churrasco com amigos numa tarde de sábado, com a tv ligada no futebol sem graça da seleção. Temos um prazer imenso de nos sentir técnicos para mudar todo o esquema tático do time; 

B) Um passeio descompromissado pelo parque da cidade, sem agendamento prévio, de preferência com a namorada ou com o filho na saída da escola. Umas boas lambidas num picolé que escorre pelos braços e pinga na camisa branca depois do expediente;

C) A visita a uma cidade vizinha, que você sabe que existe, mas só passou pela entrada, correndo, de carro, sem nem prestar atenção no que tem de bom por lá. Um lago, um bosque, um recanto sossegado;

D) Cineminha despretensioso, com um filminho sem muito enredo, só pra dar boas risadas, acompanhado de uma pipoca quentinha e uma companhia agradável que curte coisas simples;

E) O happy hour com colegas da empresa, a praia do domingo, o pôr do sol do Humaitá, a terapia com o amigo analista, o bate-papo por telefone no fim de noite com o amigo que mora do outro lado do país, uma aula de pintura, uma sessão de pilates, o show de voz e violão no bar da esquina.

O maior show de todos os tempos acontece todos os dias. E todos os dias tem convites sobrando. É entrar e assistir. Melhor ainda: O artista é você.  

(*) Rogério Silva tem 41 anos, é jornalista e administrador de empresas. Tem MBA em Gestão Executiva e Empreendedora, com extensão em liderança. Desde 2007 dirige as áreas de infraestrutura midiática e jornalismo da Rádio Educadora Jovem Pan e TV Paranaíba/Record, em Uberlândia, Minas Gerais - Colunista Semanal do Blogwww.administrandohoje.blogspot.com.br

Capa do Google de hoje 08/05/2013


Saul Bass é hoje alvo de uma homenagem ao estilo da Google, com um animado doodle na página principal do motor de busca, em todo o mundo. O realizador e designer tornou-se conhecido em todo o mundo pela sua obra na área da criação de genéricos de abertura de filme. Bass é considerado um ícone nessa área.

Saul Bass, realizador que se tornou popular pelo design gráfico no cinema, para abertura de filmes, é hoje lembrado com um google doodle, a homenagem que o gigante da Internet dedica a grandes personalidades e eventos mundais.

Nascido em Nova Iorque a 8 de maio de 1920, Saul Bass completaria hoje o 93.º aniversário, efeméride que merece homenagem com um doodle que tenta representar o trabalho deste artista.

Saul Bass trabalhou com grandes nomes do cinema mundial, desde Alfred Hitchcock, Martin Scorsese, Otto Preminger e Stanley Kubrick, entre outros. Fez carreira em Hollywood, assinando algumas das mais brilhantes aberturas de animação.

Entre os trabalhos mais conhecidos de Bass estão as animações feitas em papel recortado de um viciado em heroína, no filme ‘O Homem do Braço de Ouro’, de Preminger, ou no filme de Alfred Hitchcock, ‘Intriga Internacional’, ou ainda na comédia ‘Deu a Louca no Mundo’, do realizador Stanley Kramer.

Além destas animações, Saul Bass destacou-se como brilhante realizador de curtas-metragens, o que lhe valeu a distinção da Academia, com um Óscar pelo melhor documentário de curta-metragem, em 1968, graças a ‘Why Man Creates’.



O que é um doodle?

Doodle é uma expressão que ganhou relevância desde que a Google passou a recorrer a esta forma de homenagear pessoas, ou assinalar datas e efemérides. Mas a palavra "doodle" já era utilizada no século XVII.

No maior motor de busca do mundo, diariamente surgem novos ‘doodles’, que não são mais do que esboços, desenhos, caricaturas ou aplicações interativas que, através da imagem, recordam factos ou pessoas.

Mas a expressão ‘doodle’ não foi criada pela Google (apesar da semelhança do vocábulo, em termos de grafia e fonética). Doodles são desenhos ou esboços, feitos quando uma pessoa pretende distrair-se, ou ocupar algum tempo livre.

Etimologicamente, a palavra ‘doodle’ tem duas origens: americana e britânica. Os americanos utilizam-na desde o século XVII, para chamar “tolo” ou “simplório”, como variante da palavra alemã “Dödel”.

Já a origem inglesa reporta-se à Guerra Revolucionária Americana, quando as tropas coloniais britânicas cantavam “Yankee Doodle”. Aqui, ‘doodle’ tinha um significado pejorativo e significa “fazer de tolo”.

Mais tarde, a partir de 1930, a expressão alterou o sentido e passou a estar relacionada com “ócio”, o que vem de encontro aos criativos desenhos durante uma aula, ou mesmo ao modo original que a Google encontrou para assinalar datas e homenagear pessoas.

Hoje, dia em que Saul Bass completaria o 93.º aniversário, é lembrado com um doodle.

Ah, a música é Unsquare Dance, do Dave Brubeck.

Bom dia a todos!

Fonte: ptjornal.com