11 abril 2013

Tire tempo para organizar o tempo.

* Luana Fernandes


Tempo, esse elemento está a cada dia mais escasso na vida das pessoas. Já parou para perceber quantas vezes reclamamos da falta de tempo?! Reclamamos que não temos tempo para as nossas coisas, para visitar um amigo, para fazer aquele curso extra que seria ótimo para a carreira. Falta tempo para acompanhar a lição de casa dos filhos, para aquela consulta médica que fica sempre para outra hora e para aquele filminho que você nem lembra qual foi à última vez que parou para assistir.  Enfim, parece mesmo que o tempo está mais apertado a cada dia, certo? Errado. 

O número de atividades aumentou sim no cotidiano atual das pessoas, mas a falta de tempo que tanto reclamamos, em muitas vezes, consiste na falta de ‘gestão do tempo’. Planejar como será o dia seguinte é fundamental para um dia produtivo. Em seu livro, “A Tríade do Tempo”, Christian Barbosa classifica a forma como utilizamos o nosso tempo em três esferas: importante, urgente e circunstancial.

A esfera da importância refere-se a todas as atividades que você faz e que são significativas em sua vida, que trazem resultado a curto, médio e longo prazo. Na esfera da urgência estão todas as atividades para as quais o tempo é curto ou já se esgotou que geralmente causam estresse. E na esfera circunstancial estão as tarefas desnecessárias, que desperdiçam tempo, que são feitas por comodidade ou por serem “socialmente” apropriadas, e estas, não levam a lugar algum. 

Em qual esfera esta a maioria das atividades do seu dia? Importante, Circunstancial ou Urgente? Como você tem planejado suas atividades ou simplesmente não planeja. Se você deseja, ser mais produtivo, equilibrar melhor a sua vida pessoal e profissional e reduzir o nível de estresse, é melhor começar a dar a devida importância que a gestão do tempo requer. 

Comece por avaliar as suas atividades, olhar como tem organizado o seu tempo e quantas atividades desnecessárias você tem feito. Você pode fazer isso por conta própria ou com o apoio de um profissional. O importante é que faça!
 
*Luana Fernandes tem 28 anos, é administradora, personal & business coach e empresária. Tem MBA em Marketing Estratégico pela Faculdade de Gestão e Negócios – FAGEN – UFU em Uberlândia, Minas Gerais. 


A Vida do alto da varanda


*Luís Fernando Brito de Assis
Um dia inteiro de trabalho e estudo. Nos intervalos, uma água para refrescar o corpo e suavizar o calor da alma, uma olhada da varanda do apartamento, um passeio pelo mundo virtual.

Constantemente somos desafiados pela Vida a superar limit
es e vencer obstáculos. Somos instigados por ela a não enxergar o que as aparências demonstram, mas sim aquilo que realmente importa.

Nesses momentos de relaxamento, refletia no quanto o Ser Humano é virtuoso e capaz de transpor limites nunca antes imaginados. Nós, seres humanos, somos estimulados a usar de nossa tão preciosa inteligência - e refiro-me tanto a emocional quanto a cognitiva - nas situações problemas que nos são apresentadas pela Vida que sequer percebemos o quão virtuosos somos.

Entretanto, precisamos escolher esse caminho. Escolher, então ? Sim, escolher.

Escolher o caminho das virtudes que nos eleva à Deus significa trilhar pelo caminho do sucesso humano, que uma vez alcançado precisa - e deve - ser mantido com hábitos saudáveis reiterados. Praticar o bem, olhando a dor do outro com olhos de Compaixão e Misericórdia é o primeiro passo para que nos reconheçamos como Seres Humanos.

Hoje, após escrever sobre o tema de minha tese - Bioética, parei para descansar e entre idas e vindas na varanda do apartamento, senti a necessidade de compartilhar experiências com uma amiga muito especial. Além de uma grande incentivadora, ela é daquelas pessoas que buscam superar seus limites diariamente e, mesmo caindo aqui ou acolá, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. Ou seja, para alguém como eu, que estuda a essência do Ser Humano, conversar com ela não é algo nada desagradável.

E foram os 20 minutos mais produtivos que tive. Passeamos pelo Universo de aspirações humanas, revelando anseios e frustrações mútuas, enxergando os fatos pelos pontos positivos e concluindo que, realmente, é preciso saber Viver na Fé e manter-se atento durante o caminho. Atento ao que lhe parece ser importante, mas que de fato não o é naquele momento. Atento aos anseios externos que reverberam nos pessoais, numa vã tentativa de conseguir algo que depende unicamente de Saber esperar o momento certo.

É preciso saber Viver, afinal. É preciso saber que omitir-se da Vida e permanecer imerso na zona de conforto em nada irá contribuir para a solução dos problemas. É preciso que cada um de nós entenda que não é apenas denunciando agressões, furtos, roubos ou tantos outros atos ilícitos, imorais e que atentem contra a Vida social que isso irá simplesmente sumir quando, de fato, não damos um bom dia ao nosso irmão ou ainda quando agredimos o outro desnecessariamente.

Sou daqueles que idealizam relações pois acredito na verdadeira essência do homem. Não disse que domar o instinto seja uma situação fácil, mas o oposto de difícil para mim é possível.

É possível que todos nós ajudemos a construir um mundo melhor, onde a injustiça e o egoísmo sejam afastados cada dia mais pelo Amor e pela cessão. É preciso que percebamos que, a cada vez mais, o mundo precisa de mais Amor, de mais Paz, de mais Seres Humanos capazes de superar todos os obstáculos e vencer seus próprios limites.

Por isso, sejamos a Paz que tanto almejamos, sejamos o Amor que tanto esperamos, sejamos a Misericórdia que tanto pedimos, a Compaixão que tanto aguardamos. Sejamos a Luz que tanto buscamos e a Alegria que tanto desejamos presente na nossa Vida. Ser isso é fácil. Basta escolher.
(*) Luís Fernando Brito de Assis é Advogado com atuação na esfera Cível e Trabalhista, Professor Universitário e Especialista em Direito Público e Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela Escola da Magistratura Trabalhista da 5ª Região e Doutorando em Bioética pela Universidad Del Museo Social Argentino.
 

Como ser um profissional capaz de encantar as empresas?

 O mercado de trabalho está desesperado por profissionais qualificados. Entenda quais são — afinal — as características mais valorizadas e como você pode desenvolvê-las em seu dia a dia.

Luiz de França e Marcia Kedouk, da Você S.A

São Paulo - O mundo enfrenta uma das mais profundas crises financeiras dos últimos tempos, que tem levado a índices alarmantes de desemprego em países como Espanha, Grécia e África do Sul, principalmente entre os mais jovens. Nesses países, mais da metade das pessoas com menos de 24 anos está desempregada. 

No Brasil, embora o quadro seja bem melhor, com uma taxa média de desemprego de 5,5% em 2012, o saldo de vagas com carteira assinada (empregos abertos menos empregos fechados) foi o pior dos últimos três anos.
Paradoxalmente, existe uma fatia do mercado em que sempre há vagas abertas. São os postos destinados a profissionais qualificados. Um estudo da consultoria McKinsey & Company, conduzido com 8 000 empresas, educadores e jovens profissionais em nove países, inclusive o Brasil, verificou que apenas 43% dos empregadores afirmam encontrar candidatos adequados nos níveis iniciais de carreira, e 39% preferem não contratar ninguém a escolher uma pessoa fora do perfil.
No Brasil, 48% das empresas afirmaram seguir esse padrão. A explicação para esses números está no descompasso entre a formação oferecida nas faculdades e o conhecimento exigido pelo mercado de trabalho, o que causa na pessoa o desconforto de nunca se sentir totalmente preparada para um cargo. Um pesadelo que deve continuar.
A pesquisa da McKinsey mostra que apenas 31% das companhias pesquisadas estão engajadas em buscar soluções eficazes com os centros universitários e técnicos. No Brasil, esse número cai para 25%. Uma das autoras do levantamento, Mona Mourshed, é categórica ao dizer para a VOCÊ S/A que não existe interação suficiente entre esses dois lados.
“As organizações que conseguem se comunicar melhor e trocar experiências com universidades são as que não têm problemas em encontrar mão de obra com o perfil que procuram”, diz Mona.
No livro Why Good People Can’t Get Jobs (“Por que boas pessoas não conseguem emprego”), lançado no ano passado nos Estados Unidos e ainda inédito no Brasil, o professor Peter Cappelli, diretor do centro de recursos humanos da escola de negócios Wharton, aponta que parte do problema está nas empresas, que idealizam um candidato perfeito.
Segundo ele, elas querem alguém que preencha todos os requisitos de imediato, sem passar por um treinamento ou um tempo para se qualificar ou se adequar ao novo ambiente. Em sua pesquisa, a McKinsey aponta as 13 características mais valorizadas e menos encontradas pelas companhias — criatividade, ética, comunicação e liderança são algumas delas (veja o quadro O Que as Empresas Buscam).
Com base nesse estudo, a VOCÊ S/A ouviu grandes empresas para saber o que elas, afinal, esperam do profissional e como identificam as capacidades, as habilidades e as atitudes que desejam encontrar. Apesar de o conjunto de competências ser grande, muitos empregadores não abrem mão delas.
“É o essencial para garantir a qualidade dos serviços que prestamos”, diz Paul Fama, vice-presidente de recursos humanos da GE para a América Latina.
O fato é que as empresas aumentam o grau de exigência numa velocidade que a educação formal — superior e técnica — não consegue acompanhar. Além disso, as companhias passaram a ser muito rigorosas com questões comportamentais e valores pessoais, itens que as escolas, em sua imensa maioria, nem pensam oferecer.
“Nossa realidade está mais complexa, especialistas e generalistas já não bastam, procuramos indivíduos capazes de estabelecer conexões entre áreas da organização, que conheçam do negócio, pessoas preparadas para encontrar soluções e gerar resultado”, diz Ricardo Loureiro, presidente da Serasa Experian. “Não é fácil.”
Para entender o mercado, você pode usar a velha imagem do copo meio cheio e meio vazio: as oportunidades existem, mas aproveitá-las exigirá um esforço pessoal maior de correr atrás de qualificação. “A forma de enxergar e fazer negócios no Brasil e no mundo mudou, e quem não entender isso fica de fora”, diz Ricardo Garcia, vice-presidente de recursos humanos, tecnologia da informação e relações institucionais da siderúrgica ArcelorMittal Brasil, de Belo Horizonte.
Na visão de alguns especialistas de mercado, como Claudio Garcia, presidente da LHH|DBM para a América Latina, empresa de recolocação e transição de carreira, de São Paulo, as questões de qualificação mais delicadas envolvem liderança, ética e alinhamento com a cultura corporativa. São esses pontos, e não as habilidades técnicas, que estão por trás da maioria das demissões de executivos no país.
“As empresas têm de parar de esperar o profissional pronto, porque ele é muito disputado e pode demorar a surgir”, diz Claudio.
O diretor-presidente do Grupo Pão de Açúcar, Enéas Pestana, concorda com a máxima de que a experiência só vem com o tempo e de que somente a prática possibilita dominar as particularidades de um negócio. Mas ele alerta para os desafios da educação. “O Brasil precisa de profissionais qualificados para continuar crescendo.”

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