02 maio 2013

O processo de inovação na mágica empresarial.


Por Karim Midej Harfush
Até mesmo no mundo da mágica a inovação é um elemento de grande importância, pois quando comecei a fazer mágicas para o público percebi o quanto era necessário inovar. É regra básica que nós mágicos não devemos fazer duas vezes o mesmo truque para um grupo ou até para a mesma pessoa,  já que a atenção do espectador que já viu a mágica anteriormente não mais será para a encenação em si, e sim ele focará nos movimentos do mágico, aumentando a possibilidade da descoberta do segredo e fracasso do encantamento.

No mundo dos negócios é a mesma coisa, a inovação é uma obrigatoriedade das empresas que desejam crescer, evoluir e percebe-se que apenas atender bem ao cliente já não é nenhum diferencial nem vantagem competitiva o segredo está é em encantá-lo. O cliente gosta de coisas novas, quer novidades e deseja acompanhar as tendências do mercado, portanto inovar é explorar novas ideias, novos mercados, aumentar a receita e o valor de sua marca. Lembre-se sempre que a inovação é um processo contínuo e infinito para as empresas se consolidarem no mercado globalizado.

O mundo maravilhoso de Alice.



*Rogério Silva
 Chego por volta das nove da manhã à minha sala e já estão sobre a mesa o principal jornal impresso local e uma edição da Folha de São Paulo. Mais cedo, entre o café da manhã e a saída de casa, passei os olhos pelas principais notícias do dia em dois portais que tenho hábito visitar. No carro, mais informações no rádio AM, vício recente adquirido em Uberlândia. Sem contar os primeiros telejornais do dia, em que bastam as manchetes da escalada para saber que as coisas não vão bem.

Descaso com o dinheiro público, desvio de recursos do Estado, chuva de corrupção, câmeras escondidas que flagram negociatas com figuras asquerosas, hospitais superlotados, crimes em série, dentista incendiada em assalto brutal, os zumbis do crack debaixo de viadutos, perambulando em vias movimentadas das capitais, o nojo em Brasília, as estradas que nunca são concluídas, o trem bala que nos custará, quem sabe, 50 anos de juros e, quem sabe, ligará coisa alguma a lugar nenhum.

Parem! Eu quero descer. Desliga tudo. Desliga o mundo.

Tem momentos em que dá vontade de não saber nada, jogar fora os telefones, os aparelhos de tv, computadores, cancelar as assinaturas de jornais, revistas. Passar longe da notícia e tentar imaginar-se no mundo de Alice.

A alienação que alimenta a alma. Sem metáforas. Estamos sendo empurrados para junto do inimigo e só há duas opções: Enfrentá-lo ou render-se. 

Uma grande amiga minha encontrou uma terceira via: Contornar a situação e viver à margem da realidade. Há cerca de 5 anos ela decidiu alienar-se. Tem uma tv no quarto para assistir a novelas e filmes. Invariavelmente, recorre ao videoclube e entope seu fim de semana de comédias românticas e séries americanas engraçadinhas. Dedica seu tempo de trabalho integralmente à vida acadêmica, onde mergulha em teorias e estuda o mundo social dos séculos passados. Um pouco de Revolução Francesa, um pouco de Revolução Industrial, o regime militar dos anos de ferro no Brasil, o engodo da Nova República, planos Cruzado, Collor e – para por aí! Já está real demais. Daqui a pouco pintam FHC e Lula, e para cair em Dilma e a loucura de hoje é um pulo.

Sair do real e entrar no imaginário é fácil. E nem precisa de LSD. Basta que você se proponha a isso. E, sinceramente, estou pensando nessa possibilidade faz tempo. É como se eu quisesse antecipar a aposentadoria, mas sem parar de trabalhar. O que me atormenta não é o trabalho, mas a agressiva realidade a que estão nos submetendo: Pobres e ricos, justos ou desonestos, fracos, fortes, intelectuais ou trabalhadores braçais. Estamos todos no mesmo balaio.

Às vezes penso que somos cobaias. Tem um Deus de jaleco branco, bem grande lá do alto, pegando cada um de nós e trocando de aquários toda noite. Nas caixas de vidro experimentamos pressão, sufoco, uma leve brisa e mais pressão, teste disso, daquilo. Como diria Cazuza, “…nós somos as cobaias de Deus”.
E se eu fugisse dos experimentos e dissesse para o grande cientista: “Por favor, isole-me, mande-me para o mundo maravilhoso onde vive Alice, distante de tudo o que me deprime, de tudo que angustia”. E se ele deixasse? E se ele topasse a proposta?

No mundo maravilhoso de Alice deve haver outros obstáculos, diferentes tormentas, um novo sabor de desafio. Do lado de lá, a ficção pode nos levar à loucura e nos fazer até sentir saudade do lado de cá. Como saber antes de tentar? Como saber? Como?

(*) Rogério Silva tem 41 anos, é jornalista e administrador de empresas. Tem MBA em Gestão Executiva e Empreendedora, com extensão em liderança. Desde 2007 dirige as áreas de infraestrutura midiática e jornalismo da Rádio Educadora Jovem Pan e TV Paranaíba/Record, em Uberlândia, Minas Gerais - Colunista Semanal do Blogwww.administrandohoje.blogspot.com.br