16 abril 2013

NINGUÉM É INSUBSTITUÍVEL !!!



Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.  
Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível"!  
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.  
Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.  
De repente, um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:  
- Alguma pergunta?  
- Tenho sim. E Beethoven?  
- Como? - o encara o diretor confuso.  
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?  
Silêncio…  
O funcionário fala então:  
- Ouvi essa história esses dias, contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar. Então, pergunto: quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico? Etc.?…  
O rapaz fez uma pausa e continuou:  
- Todos esses talentos que marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, mostraram que são sim, insubstituíveis. Que cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Não estaria na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe, em focar no brilho de seus pontos fortes e não utilizar energia em reparar seus 'erros ou deficiências'?  
Nova pausa e prosseguiu:  
- Acredito que ninguém se lembra e nem quer saber se BEETHOVEN ERA SURDO, se PICASSO ERA INSTÁVEL, CAYMMI PREGUIÇOSO, KENNEDY EGOCÊNTRICO, ELVIS PARANÓICO… O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Mas cabe aos líderes de uma organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços, em descobrir os PONTOS FORTES DE CADA MEMBRO. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.  
Divagando mais sobre o assunto, o rapaz continuava.  
- Se um gerente ou coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de ‘técnico de futebol’, que barraria o Garrincha por ter as pernas tortas; ou Albert Einstein por ter notas baixas na escola; ou Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria PERDIDO todos esses talentos.  
Olhou à sua a volta e reparou que o Diretor olhava para baixo, pensativo. E voltou a dizer nesses termos:  
- Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados… Apenas peças… E nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras moradas'. Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:"Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:…NINGUÉM…Pois nosso Zaca é insubstituível.” – concluiu, o rapaz e o silêncio foi total.  

Conclusão:  
NUNCA ESQUEÇA: VOCÊ É UM TALENTO ÚNICO! COM TODA CERTEZA NINGUÉM TE SUBSTITUIRÁ!  
"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo..., mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso."  
"NO MUNDO SEMPRE EXISTIRÃO PESSOAS QUE VÃO TE AMAR PELO QUE VOCÊ É… E OUTRAS… QUE VÃO TE ODIAR PELO MESMO MOTIVO… ACOSTUME-SE A ISSO… COM MUITA PAZ DE ESPÍRITO…"  
É bom para refletir e se valorizar! 
Bom dia,  amigos... INSUBSTITUÍVEIS!!!!!

(mensagem que recebi de um amigo, a quem agradeço imensamente)

A apertada eleição de Maduro na Venezuela e o desenvolvimento.



 * Petrônio Hipólito
Caros leitores, escrevo sobre um dos assuntos mais comentados da semana, bastante relacionado com o conceito da responsabilidade social e que tem tudo a ver com o nosso país.

A Venezuela, nosso vizinho ao norte é a 34ª economia do planeta (Brasil é a 8ª) e tem as maiores reservas de petróleo do mundo (296 bilhões de barris) e por isso uma importância geopolítica fundamental. 

No domingo, dia 14, as urnas confirmaram o favoritismo de Nicolás Maduro, eleito presidente da Republica Bolivariana da Venezuela, nome oficial do país, para governar até 2019. Em pleito apertado, ao contrário das primeiras previsões, o CNE, órgão eleitoral da Venezuela, contou a Maduro cerca de 250 mil votos (1,8%) a mais que seu opositor Henrique Capriles. O alto comparecimento às urnas (78%), já que o voto não é obrigatório no país, evidencia o interesse da população nos destinos da nação. No entanto, a pequena margem na vitória fortalece a oposição e traz uma enorme instabilidade ao novo governante. Num país de tradição golpista, Capriles poderá, pela via democrática, convocar um plebiscito em três anos. Até lá, o novo presidente terá de contentar aos partidários de Chávez, negociar com a oposição, reativar a economia e fazer valer a frágil democracia num país tão importante e estrategicamente colocado no cenário mundial.

Maduro, herdeiro político de Hugo Chávez que foi um líder carismático, populista e governou o país por 13 anos até sua morte em 5 de março de 2013, terá a difícil missão de continuar a revolução bolivariana liderada por seu antecessor e consolidar os ganhos sociais conquistados como, por exemplo, ter tirado milhões da linha da pobreza e ser o país que mais reduziu o índice GINI na década. Isso merece um detalhamento. O índice, criado em 1912 pelo estatístico italiano Corrado Gini é uma medida de desigualdade utilizada para avaliar a distribuição de renda nos países. Este varia de 0 a 1, onde o valor zero corresponde à igualdade de renda por todos os cidadãos e o valor um significa que somente uma pessoa concentra toda a renda do país, não sobrando nada para os demais. 

Portanto quanto menor o índice, mais igualitário em termos econômicos é o país. A Venezuela (0,45) tem menos desigualdades que o Brasil (0,55) e mais que a Noruega (0,26) e Alemanha (0,28). A canalização dos recursos do petróleo para a diminuição do abismo social na Venezuela foi a base da popularidade de Chávez e o mote de seu governo. Cabe ao novo presidente diminuir a dependência e a influência do petróleo na economia, fomentar o crescimento econômico e os níveis de renda para abaixar ainda mais o índice GINI e garantir a perenidade dos ganhos sociais conseguidos por Chávez. Penso que a palavra desenvolvimento se encaixa bem no novo cenário democrático Venezuelano. Para governar, Maduro terá que criar identidade própria sem se desvincular do passado,  assumindo uma nova liderança compatível com a grandeza que o destino lhe colocou nas mãos.

Do lado de cá, temos um país com reservas estimadas na camada pré-sal de 100 bilhões de barris de petróleo que irá arrecadar, quando de seu processamento, recursos valiosos para promover o crescimento do país, elevar os níveis de educação, acabar com a miséria e aumentar a renda da população. Cabe aos nossos governantes assegurar o papel do Brasil como líder continental.

Boa semana a todos e até a próxima terça-feira.


(*) Petrônio Hipólito tem 54 anos, é engenheiro agrônomo pela ESALQ-USP. Especializou-se em Gestão de Sustentabilidade e em Administração (CEAG) pela FGV. É palestrante e consultor. Tem sólida experiência em Responsabilidade Social e Desenvolvimento Sustentável.
Colunista Semanal do Blog www.administrandohoje.blogspot.com.br
 


Peixe morre pela boca



*Rogério Silva
 
O Gabriel Chalita tá encrencado. Parece que encerra carreira política. Tão jovem. Tão cedo! Leio detalhes da mácula em sua biografia. Depois de corresponder-se por anos com o amigo Fábio de Melo – trocaram incontáveis cartas que chegaram a ser gravadas num disco – e lançar mais de 60 livros, construiu um capital político de 13% do eleitorado de São Paulo. Teria volume e consistência para bancar um jogo novo, ocupar ministério e lançar-se como alternativa de renovação em pleitos futuros, ainda nesta década. Já era!

Tinha grana na jogada. Propina, dinheiro sujo. Um amigo e ex-assessor – sempre eles! – jogou tudo no ventilador.  Comissões de 25% em licitações fraudulentas teriam elevado o patrimônio do rapaz em mais de 15 vezes. Vai ter investigação, disse-me-disse, troca de acusações. Mas o fato é que a mancha já ficou.

Lendo uma das muitas reportagens sobre o assunto, encontrei algo que sempre aparece nessas historinhas. Pode ser fantasia, mas é típico de quem se esbalda na segurança de sua intimidade. Diz o denunciante ao Ministério Público: “Chalita derramava notas (de dinheiro) pelo chão do closet. Arrancava as tiras dos maços e jogava em cima dos assessores, imitando o Silvio Santos. ´Quem quer dinheiro? ’ ”.

Clássico. O peixe que morre pela boca. Na história da corrupção brasileira, há recorrentes episódios de ostentação com o produto do crime. Gravações em celular, fotografias, vídeos que acabam publicados no you tube. Traficante que dá maconha pro filhinho pequeno, amante que se exibe com as joias que acaba de ganhar, jogador em alta velocidade com o possante estalando de novo na saída da balada. O que deveria ser particular torna-se público. Engraçado como nossas atitudes privadas entre quatro paredes nos envergonham tanto quando vistas pelos outros.
O gerente do banco onde tenho conta me disse certa vez que essa coisa de sigilo bancário é um mito. Ele cansa de ver clientes falando ao celular dados que deveriam ser só do conhecimento deles. Entregam números de conta, palavras secretas e senhas. Em assinaturas de contrato, são comuns os falatórios sem se importar com quem está por perto. Nome completo, endereço, CPF, nome da mãe, quanto gasta por mês com cartão de crédito, talão de luz, o diabo!

Na seara dos corruptos, a língua coça e é impossível guardar segredo. É preciso compartilhar. Afinal de contas, para quê dinheiro se eu não posso gastá-lo? Torra tudo! Viagem para o exterior, carro novo, traslado de helicóptero, enfia a sogra no jatinho do governo, dança com guardanapo na cabeça em restaurante fino francês… Tum! Estoura um champanhe. Tum! Mais um. Quando o álcool entra, a verdade sai. 

O Chalita em questão só me choca por uma particularidade: Tinha aspecto de mudança. Cheirava a renovação. Tinha o tom que sonhamos para substituir os Barbalhos, Calheiros, Malufs com teto mofado. Grita pro chão de fábrica: “Sai uma nova fornada! Essa daí veio com defeito. Manda pro lixo”. Puxa! Vai dar uma trabalheira fazer outra bem feita. Tava com uma cara tão boa. Prometia! Prometia!
É. Pena que solou.



(*) Rogério Silva tem 41 anos, é jornalista e administrador de empresas. Tem MBA em Gestão Executiva e Empreendedora, com extensão em liderança. Desde 2007 dirige as áreas de infraestrutura midiática e jornalismo da Rádio Educadora Jovem Pan e TV Paranaíba/Record, em Uberlândia, Minas Gerais - Colunista Semanal do Blog www.administrandohoje.blogspot.com.br