17 maio 2013

Gestão Estratégica de Custos para tomada de decisões.



*Marcelo Santiago
No mundo capitalista e competitivo em que estamos em volta de cartéis e trustes, o pequeno e micro empresário precisa conhecer bem seu negócio. Mas esse conhecimento não é somente do seu produto ou serviço prestado, pois a saúde financeira é primordial para a continuidade do negócio.
É necessário que o empresário conheça bem seus custos e despesas, pois o que percebemos nas micro e pequenas empresas é que não há conhecimento do que realmente são custos e despesas, abaixo tentarei esclarecer as diferenças e importância de dominar essas informações.
Via de regra, a contabilidade separa os gastos em três grandes grupos:  investimento, custos e despesas.  Separação essa fundamental, principalmente em empresas que transforma matéria prima em produto acabado.  Dessa forma poderemos apurar de forma correta o custo de produção, das despesas, do lucro bruto e do resultado de um período.
Por que a separação contábil dos gastos tem tanta importância? – Apuração dos resultados – lucro ou prejuízo – é de fundamental importância na vida de uma empresa .  Além da obrigação da apuração correta do resultado do período, a fim de não sofre autuação por parte dos fiscais do Imposto de Renda.
Vamos dividir os custos três contas: Materiais, Mão de Obra, Outros custos de produção.
1 Materiais
Faz parte desse grupo as matérias primas consumidas; materiais de embalagens e materiais auxiliares que terão contato direto com o produto.
2 Mão de Obra
Faz parte desse grupo a mão de obra produtiva que tem contato diretamente com a produção. Ex: Diretor Industrial, Gerência Industrial e etc.. Porém o Gerente de Departamento pessoal não será considerado um custo, pois não está ligado de nenhuma forma com o processo produtivo, nesse caso será uma despesa. Aprendemos agora que tudo que não estiver ligado diretamente ao processo produtivo será considerado despesa e não custo.
3 Outros custos de produção
Custos gerais de fabricação, tais como depreciação do prédio da fábrica, depreciação das máquinas e equipamentos, energia elétrica, água etc. Se o prédio onde encontra-se o administrativo da empresa -  RH, Marketing, Comercial – não estiver no mesmo prédio onde encontra-se a fábrica, a depreciação desse prédio não será custo e sim despesa.
Dentre a classificação dos gastos ainda podemos classificá-los com custos fixos e despesas fixas. São Custos Fixos que permanecem constantes dentro de determinada capacidade instalada, independem do volume de produção. São Despesas Fixas aquelas que permanecem constantes dentro de determinada faixa de atividades geradoras de receitas, também independem do volume de vendas ou de prestação de serviços.
O custo pode ainda podem ser dividido em custo direto e indireto:
 São Custos Diretos aqueles que podem ser quantificados e identificados no produto ou serviço e valorizados com relatividade facilidade. Dessa forma, não necessitam de critérios de rateio para serem alocados aos produtos fabricados ou serviços prestados. Os Custos Diretos, na grande maioria das indústrias, compõe-se de materiais diretos e mão de obra direta.
São Custos Indiretos, aqueles que por não serem perfeitamente identificados nos produtos ou serviços, não podem ser apropriados de forma direta para as unidades específicas, ordens de serviço ou produto. Necessitam de algum critério de rateio para sua alocação como mão de obra indireta, materiais indiretos.
As grandes empresas multinacionais, transnacionais já têm bem determinado seus custos de produção e sua apuração e consegue transformar essas informações em estratégias de preço e mercado, fazendo com que as tornem competitivas no mercado.
O Brasil tem mais de 6 milhões de micro e pequenas empresas, que totalizam 99% dos negócios do país. A pesquisa foi feita pelo Sebrae em parceria com o Dieese, entre 2000 e 2011. 51% delas estão na região Sudeste. Quase 24% estão na região Sul e outros 15%, no Nordeste. Na região Norte, estão 3,5%, enquanto 7% estão no Centro-Oeste.
As pequenas empresas geram quase 15 milhões de empregos formais. O estudo mostra que, a cada R$ 100 em salários, R$ 40 são pagos por micro e pequenos empresários. E o mais importante: no período pesquisado, os funcionários tiveram um aumento real três vezes maior que o de trabalhadores de grandes empresas.
Diante dos dados apresentados acima, podemos perceber a importância da continuidade das micro e pequenas empresas, então nossos empresários têm que iniciar um processo de Gestão clara de seus custos, a fim de compor o preço de seu produto de uma forma que mantenha a saúde financeira do negócio. Hoje temos um órgão muito importante, Sebrae, que tem capacidade de apoio técnico para esse segmento do mercado, mas cabe o empresário buscar não só contadores para apuração de seus resultados e sim pessoas capacitadas que possam gerar dados para tomadas de decisões rápidas, pois o mercado está em constante mudança.


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