15 maio 2013

MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA: COMO CELEBRAR UMA SEPARAÇÃO



*Rogério Silva
Antes de começar a ler, clique neste link. Vamos conversar hoje ao som desta canção: http://letras.mus.br/marisa-monte/1980934/

Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte se reúnem para falar do Depois. A história acaba, sobe a ficha técnica do folhetim e surge a derradeira escrita em letras brancas na tela escura: FIM. Mas, e daí? O que acontece agora? O que vem depois?

Celebrar o fim de uma união parece inconcebível, apesar de comum para algumas culturas. Nos Estados Unidos existem empresas especializadas em cuidar de todos os detalhes, que vão desde um roteiro minucioso de distribuição de convites, arrumação de salão de festas e definição do petit comité, até o rito final da de destroca de alianças.

O assunto se popularizou no Brasil numa novela exibida em horário nobre, com a personagem interpretada pela atriz Cleo Pires. Apesar da badalação sugerida, a separação na maioria das vezes é dolorosa e provoca reações diferentes numa mesma pessoa em momentos particulares: Alívio, revolta, ressentimento, mágoa, vontade de superação, de dar a volta por cima. E ainda a possibilidade de altruísmo, com desejos sinceros de felicidade ao ex-parceiro.

Depois de sonhar tantos anos,
De fazer tantos planos
De um futuro pra nós
Depois de tantos desenganos,
Nós nos abandonamos como tantos casais
Quero que você seja feliz
Hei de ser feliz também.      

Por diversas ocasiões, vem à mente todos os dissabores vividos nos anos de união. O desencanto nas noites mal dormidas, nas humilhações sofridas, nas esperanças perdidas. E acompanhada de um forte suspiro, a desilusão de saber que o que foi bom, não volta mais.

Depois de varar madrugada
Esperando por nada
De arrastar-me no chão
Em vão
Tu viraste-me as costas
Não me deu as respostas
Que eu preciso escutar
Quero que você seja melhor
Hei de ser melhor também

Mas houve capítulos marcantes, fatos registrados que demonstram ter valido a pena. Esses sim merecem ser lembrados, contados, guardados nas caixas amareladas de retratos antigos. Nem tudo foi em vão.

Nós dois
Já tivemos momentos
Mas passou nosso tempo
Não podemos negar
Foi bom
Nós fizemos histórias
Pra ficar na memória
E nos acompanhar
Quero que você viva sem mim
Eu vou conseguir também

E na mais plena aceitação, é hora de pensar adiante, saber que não vai haver mais culpa, medo do escondido, do malfeito, da dor que é trair. A melodia caminha para a parte final vislumbrando o amanhã, serenamente chegando ao silêncio da despedida. Vai ser bom pra todos, mesmo que doído agora.

Depois de aceitarmos os fatos
Vou trocar seus retratos pelos de um outro alguém
Meu bem
Vamos ter liberdade
Para amar à vontade
Sem trair mais ninguém
Quero que você seja feliz
Hei de ser feliz também
Depois

A música é um dos mais poderosos vetores da comunicação. A letra, amparada por uma melodia harmônica, atrai o ouvinte para a circunstância proposta e o envolve a ponto de que ele se sinta naquela situação. E quando ele se enxerga como personagem da história, o autor compositor certamente atingiu o seu objetivo. Ter a capacidade de expressar algo dessa maneira é mágico porque faz do enredo mais que um entretenimento, a trilha sonora de uma vida.

Viva a comunicação.

Até a próxima!  
(*) Rogério Silva tem 41 anos, é jornalista e administrador de empresas. Tem MBA em Gestão Executiva e Empreendedora, com extensão em liderança. Desde 2007 dirige as áreas de infraestrutura midiática e jornalismo da Rádio Educadora Jovem Pan e TV Paranaíba/Record, em Uberlândia, Minas Gerais - Colunista Semanal  do Blog  www.administrandohoje.blogspot.com.br

Um comentário:

  1. Desculpa aew nada adiantou citar "Não é autobiográfico, graças a Deus." Eu não poderia deixar de coments....

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