19 junho 2013

Empresas evitam Judiciário e optam pela conciliação para resolver conflitos com o cliente



*Laura Lima
Atualmente podemos afirmar que, a tendência das grandes empresas, é optar pela conciliação com seus clientes, ao invés de prosseguirem com o entrave judicial, decisão esta que, além de menos custosa, não fere a imagem da empresa.

Conforme acima afirmado, a conciliação entre empresa e consumidor além de mais barata ela traz o benefício da preservação da relação mais saudável com o cliente, fazendo com que este passe a vê-la como uma empresa que se preocupa em manter um bom relacionamento com seu público, e está antenada em aprimorar seus produtos e serviços, para evitar conflitos posteriores.

Alguns estudiosos do direito afirmam que, a causa principal desse aumento dos conflitos entre consumidor-empresa, tem relação com a expansão e popularização dos direitos do consumidor, onde as pessoas estão se dando conta de seus direitos como consumidores e trocando informações via internet com outros clientes que também encontram problemas semelhantes. Afirmam ainda que, com a troca viral de informações pela web, possibilitada pelas redes sociais, faz com que a imagem consolidada(ou não) de uma empresa seja desconstruída em segundos.

É ponto pacífico que as pessoas estão ficando mais conscientes de seus direitos, que lutam por eles sem pestanejar, e não hesitam em recorrer ao Judiciário para pedir o socorro jurisdicional e ver suas necessidades sendo atendidas.

A empresa privada é hoje, no mundo globalizado, a célula básica de produção de bens e serviços de que todos dependem, e estamos em um regime de capitalismo empresarial, onde o Estado, no geral, tem a função de regular o Mercado, mas não é o principal agente econômico, e nesse sentido, as empresas, para serem mais eficientes nas relações internas e com o Mercado, estão buscando modificar seu modo de resolver conflitos, fugindo da burocracia e da morosidade do Poder Judiciário.

Tal postura deverá ser o início de uma transformação nas relações entre fornecedor/consumidor, gerando um novo modelo social onde a complexidade do conflito no mundo contemporâneo será vivenciada em proveito de toda coletividade, contribuindo para gerar uma geração de pessoas mais equilibradas socialmente.

Nesse sentido, é de máxima importância a conciliação dos interesses de cada uma das partes envolvidas nas relações comerciais. Se por um lado é essencial que as necessidades dos consumidores sejam atendidas; por outro as empresas precisam alcançar seus objetivos, por meio de ações inteligentes, soluções inovadoras e estratégias efetivas e rentáveis.

Desta forma, é verdade uníssona que, manter-se como réu perante o Judiciário, é sempre danoso para a imagem de toda empresa, bem como muito mais custoso, haja vista o alto preço das custas judiciais e despesas com sucumbência de advogados,e também conciliar é a melhor forma de atender a necessidade de seus clientes e mantê-los fiéis a marca/empresa.

* Laura Lima Da Silva, advogada graduada em 1995 pela UESC, Especialista em Direito Processual Civil pela Universidade Estadual de Santa Cruz (2003), e inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional da Bahia, sob nº 14.340. Atua como advogada na áreas cíveis, comerciais e consumerista.
Colunista semanal do Blog www.administrandohoje.blogspot.com.br


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